Em quem você confiaria mais: em seu líder ou em um robô?
Numa pesquisa divulgada no fim de 2019 pela Oracle, empresa de tecnologia, 78% dos brasileiros disseram que acreditam mais nos robôs do que em seus líderes.
Embora o estudo tenha sido feito para avaliar a aceitação dos funcionários em relação à inteligência artificial, o número de pessoas que não confiam em seus líderes, gerentes ou gestores é assustador.
Em outra pesquisa realizada pela consultoria Gallup, constatou-se que apenas 3 em cada 10 profissionais se sentem seguros em relação aos próprios chefes, ou seja, a insegurança em relação à figura do líder causa sérios problemas às empresas e, principalmente, aos profissionais a quem ele lidera.
Você já se perguntou porque tamanha insegurança?
Há mais de 20 anos trabalhando com o desenvolvimento de grandes líderes, ceos, empresários e equipes, comecei a identificar os mais diversos tipos de profissionais e empresas, e pude notar que o que de fato gerava esse insegurança nos colaboradores, é o que eu chamo de: empresa e líder tóxicos.
Se nesse exato momento você está se perguntando se o seu líder e empresa fazem mal à sua saúde, leia o artigo para aprender a identificar essa realidade.
O que é um líder tóxico?
O líder tóxico é um tipo de profissional que contamina negativamente toda a equipe, gerando medo e descontrole emocional nos colaboradores.
Ele instaura um clima organizacional tão ruim, que é capaz de gerar graves transtornos emocionais na equipe, levando à doenças como síndrome de Burnout, depressão, síndrome do pânico, ansiedade…
Líderes tóxicos geralmente adotam posturas centralizadoras e direcionadoras, impondo o que deve ser feito, sem se importarem com o impacto de suas decisões. São pessoas que nunca estão abertas ao diálogo, e sempre fazem prevalecer a sua vontade.
Em sua maioria, são pessoas controladoras, que olham a cada segundo o que o funcionário faz, tem medo que ele esqueça dos compromissos e que o trabalho não vá adiante. Liga e manda e-mails com tanta frequência que sufoca.
São agressivos, não sabem ouvir e muito menos dar feedbacks. A conversa é sempre pautada em ordens. Quando algo não tem o resultado que ele espera, é capaz de gritar e humilhar os outros. Em seu vocabulário não existem as palavras empatia e respeito.
Por mais que você se esforce e dê o seu melhor, para o líder tóxico nunca será o suficiente e nunca estará bom. São extremamente exigentes e desconhecem o limite entre pressão exagerada para atingir resultados e a falta de respeito.
O comportamento desses gestores geram um excesso de pressão e a pessoa se sente perseguida, sufocada, no limite, até adoecer.
E aí, você já consegue identificar se o seu líder ou empresa fazem mal a sua saúde?
É muito importante que cada um de nós tenha consciência do lugar onde está e com que tipo de líder ou gestor convive.
Com certeza você espera que ele seja uma pessoa inspiradora, que eleve o potencial não só do ambiente, mas como o de todos que convivem ao seu redor.
Toda liderança é contagiosa! Se um líder tem um estilo que não respeita e não entende o perfil do outro, suas necessidades e motivações, exercendo um papel autocrático, ditador e controlador, são esses sentimentos e sensações negativas que ele irá transmitir às pessoas ao seu redor.
Isso contagia a equipe criando automaticamente um ambiente tóxico, que diminui o engajamento, desempenho, performance e resultados.
Se você é líder, lembre-se: as pessoas não trabalham para as empresas, mas para seus líderes.
Quer saber mais sobre como uma implementar uma cultura saudável em sua liderança? Acesse: www.mastersoul.com.br ou @paulo_alvarenga e continue acompanhando minha coluna semanal.
Um abraço,
Paulo Alvarenga (P.A.)
CEO & Founder da Mastersoul