Pesquisa reforça a importância das empresas em investir na diversidade

Equipes diversificadas podem gerir resultados operacionais positivos no final

Um estudo realizado pela Harvard Business Review em 2019 revela que o implemento de apenas 10% nas percepções de inclusão do time nas empresas já traz repercussões diretas na assiduidade, aumento de desempenho, tomadas de decisões de maior qualidade e até o desenvolvimento de comportamentos mais colaborativos. De acordo com a pesquisa, a última década gerou mudanças na sociedade e essas transformações ultrapassaram os limites interpessoais e atingiram organizações e corporações.

Segundo a Thaisa Nogueira, Gerente de Operações na empresa brasileira de advocacia Finch Soluções e advogada especialista em Direito Constitucional e Direito Tributário, saímos de uma realidade centralizada e monolítica, fundamentada em padrões estáticos, e entramos em um cenário no qual o homem branco, heterossexual e cisgênero deixou de ser o único foco de investimento e desenvolvimento.

“Esse processo de transformação, acelerado inclusive pelo recente evento pandêmico, direcionou organizações e empresas a repensarem suas estruturas e a forma de realizar e gerir suas atividades. Metodologias alternativas estão sendo estudadas, aprimoradas e testadas, fazendo o formato tradicional perder espaço para opções plurais de organização”, explica a advogada.

Nesse contexto, é possível perceber que os métodos ágeis têm tido papel importante, porque de modo geral trazem a premissa disruptiva de que a multidisciplinaridade é uma extraordinária ferramenta de inovação, qualidade e velocidade. No entanto, as transformações não param nas metodologias de gestão, elas são muito mais amplas e impactantes e dependem de um olhar sensível para os entornos.

“Para aqueles que estão atentos às mudanças ocorridas nos manuais de gestão, a menção à diversidade remete facilmente ao conceito de times multidisciplinares, formados por profissionais de múltiplas áreas com diferentes formações e propósitos. No entanto, a diversidade aqui tratada é primária e anterior à transformação ágil”, finaliza a doutora.