Aline do Amaral Vieira fez sua graduação em Educação Física em 2015 e desde 2012 já estagiava em academias. Era apaixonada pela área, entretanto, sentia que ainda não era aquilo que queria para o seu futuro.
Foi, então, que jogou tudo para o alto, fez um curso de extensão de cílios, passou a atender na casa das clientes e, posteriormente, abriu um espaço para atende-las na sua própria casa, foi atrás de novos cursos e criou o Studio Beauty Bar, no Rio de Janeiro.
“O espaço conta com cafezinho, bebidas e guloseimas para nossas clientes e após diversas especializações e congressos internacionais, estou capacitada não só a ser uma profissional e a dirigir uma equipe, como também a ensinar essa técnica tão maravilhosa que transformar olhares, vidas e oferecer praticidade à mulher moderna, que anda tão sem tempo para se arrumar no seu dia a dia”, conta.
Mas assim como a empresária do ramo da beleza, diversos outros profissionais atuantes nessa área sofreram um grande baque com a pandemia.
Portas fechadas, proibição de atendimento, impossibilidade de oferecer alguns serviços remotamente (com exceção de cursos e similares ou vendas de produtos em estilo delivery), como fica esse cenário?
Conversamos com a Aline do Amaral Vieira para entendermos um pouco mais esse dilema dos empresários de uma das áreas que mais movimentam a economia do País, que é a beleza, e como eles estão buscando recursos e saídas para driblar essa situação. Confira!
Como você sentiu a pandemia logo no início e como foi gradualmente buscando soluções para que o seu negócio não fosse sofrendo tanto o baque?
Aline do Amaral Vieira – A primeira impressão foi de que não fosse durar muito tempo e eu estava de certa forma, tranquila.
Porém, com o passar dos meses, conforme a quarentena ia se prolongando, comecei a me preocupar em manter contato com os clientes através das redes sociais, provocando algum tipo de interação com eles e procurando estreitar de certa forma a relação durante este período.
Hoje, depois de mais de 3 meses de quarentena, como você avalia o seu negócio de beleza, mesmo que ainda não seja permitido abrir as portas? Quais soluções e medidas você buscou para driblar as portas fechadas?
Aline – Foram surgindo ideias, como desenvolvimento de cursos on-line para venda, assim como vouchers de procedimentos com desconto, que podem ser realizados depois da pandemia, o que de certa forma resultou em um certo fluxo de caixa que não havia nos primeiros momentos.
Com quais serviços e produtos você trabalhava antes da pandemia? Você passou a agregar novos produtos e serviços durante a quarentena? Se sim, quais?
Aline – Trabalhávamos com alongamento de cílios, micropigmentação, design de sobrancelhas, aplicação de enzimas e cursos presenciais.
Durante a quarentena passamos a vender cursos on-line, focando mais na venda de conhecimento, já que a tendência de especializações on-line era a grande tendência do momento devido ao tempo livre das pessoas em casa, além de a grande quantidade de pessoas desempregadas com a pandemia.
Como não há uma estimativa para o término dessa pandemia, quais projetos ou novas ideias você tem em mente para colocar em prática, caso essa situação se postergue por mais tempo?
Aline – A ideia é adaptar os atendimentos, para que sejam mais espaçados e possamos higienizar o ambiente após cada atendimento.
Além disso, o uso de equipamentos de segurança para clientes, para os profissionais e também a redução de cursos de turma – somente cursos VIP, além do desenvolvimento de mais cursos capacitantes on-line.
Atualmente, o mundo on-line está mais do que nunca muito necessário. Em que sentido ele se aplica no seu negócio?
Aline – Ele se aplica nos primeiros contatos com o cliente, seja ele de procedimentos ou de cursos.
Todo procedimento inicial de encantamento do cliente é feito por meio das plataformas de redes sociais.
Em sua opinião, quanto o ramo da beleza foi afetado com a pandemia?
Aline – O ramo de beleza foi afetado extremadamente, pois quando as pessoas passam mais tempo em casa, elas perdem muito o interesse de se cuidar, além de o medo de sair às ruas, mesmo quando for permitida a reabertura.
Pelo que tenho percebido, a pandemia gerou um certo receio nos clientes e também nos profissionais que precisam se expor para trabalhar.
E como empreendedora, o que você irá fazer ou dá como dicas para as demais pessoas que trabalham no ramo colocarem em prática (quando essa fase acabar) para tentarem minimizar os prejuízos e recuperarem o tempo/lucros perdidos?
Aline – O ideal é que se invista no marketing de sua empresa para atrair novos e antigos clientes, salientando sempre todos os procedimentos de higiene adotados para a prevenção de contaminação.
Outro ponto que considero de extrema importância é utilizar esse tempo livre pra aprimorar seus conhecimentos através de cursos on-line e, quem sabe, aprender novos procedimentos para oferecer aos seus clientes.
Procure se colocar no lugar do cliente e pensar o que você poderia querer de melhora na sua empresa.
Busque os pontos que precisa lapidar e vá em busca deste conhecimento. O importante é nunca desistir, ter em mente que isso é uma fase e logo vai passar!